quarta-feira, 24 de setembro de 2008
A litografia e a influência das ferramentas no design
Alguns designers passam a vida combatendo os micreiros, pessoas que acham que ser designer é saber usar os programas da Adobe. Para os primeiros, o design verdadeiro está muito além do computador e, mesmo sem o PC, é possível criar peças funcionais e belíssimas, citando mestres como Aloísio Magalhães ou Paul Rand.
Obviamente, concordamos que o computador não é tudo (afinal, demonstrar a importância do trabalho manual no design é o tema deste projeto), mas não se pode negar que as ferramentas usadas pelo designer têm um poder imenso sobre produto resultante. Seria possível fazer a (literalmente) brilhante marca da Globo sem o Photoshop?
Esse preâmbulo foi para falar da litografia, técnica de impresão plana que revolucionou a imprensa e redundou num dos processos gráficos mais usados, o offset. No belo livro organizado pelo pesquisador Rafael Cardoso, O design brasileiro antes do design - aspectos da história gráfica, 1870-1960, a chegada da impressão com pedra no Brasil Imperial é destrinchada.
A litografia permite uma vasta gama de tonalidades e coloca texto e imagem no mesmo plano, diferente da tipografia e da xilografia, técnicas então mais usadas no país. Os designers puderam experimentar com a imagem, muito importante não só por que ajudava a destacar e diferenciar o produto, mas por que a maioria dos brasileiros (84%, segundo o livro) era analfabeta.
As populares revistas semanais se usavam de desenhos produzidos com a técnica para chamar a atenção do público e embelezar suas páginas. Só mais tarde, na década de 1920, com revistas como A Maçã e Para Todos..., as imagens deixaram de ser apenas ilustrações para atuarem como coadjuvantes do texto na comunicação.
Como o mercado era muito movimentado e as poucas escolas técnicas (e artísticas) não davam conta de suprir o mercado com profissionais, em 1820, litógrafos de várias nacionalidades vieram para o Brasil, trazendo para nossos produtos tendências contemporânes como a presença da natureza e o bucolismo da art noveau.
Em 1870, o mercado progrediu com a chegada de impressoras litográficas a vapor. A divisão de trabalhos da era industrial atingiu as gráficas, e logo a figura do artista gráfico (ou litógrafo) se delineou: um profissional que se ocupa apenas da criação, e não mais de todo o processo de produção.
***
A tecnologia realmente molda o design, mas não impede que os profissionais procurem outros meios de criação. Em breve você verá aqui fontes desenvolvidas com processos elementares, como o uso de carimbos, mas que conferem a qualquer trabalho um caráter diferenciado. Clique aqui e receba as atualizações do Fonte Artesanal por email ou em seu leitor de RSS.
Obviamente, concordamos que o computador não é tudo (afinal, demonstrar a importância do trabalho manual no design é o tema deste projeto), mas não se pode negar que as ferramentas usadas pelo designer têm um poder imenso sobre produto resultante. Seria possível fazer a (literalmente) brilhante marca da Globo sem o Photoshop?
Esse preâmbulo foi para falar da litografia, técnica de impresão plana que revolucionou a imprensa e redundou num dos processos gráficos mais usados, o offset. No belo livro organizado pelo pesquisador Rafael Cardoso, O design brasileiro antes do design - aspectos da história gráfica, 1870-1960, a chegada da impressão com pedra no Brasil Imperial é destrinchada.
A litografia permite uma vasta gama de tonalidades e coloca texto e imagem no mesmo plano, diferente da tipografia e da xilografia, técnicas então mais usadas no país. Os designers puderam experimentar com a imagem, muito importante não só por que ajudava a destacar e diferenciar o produto, mas por que a maioria dos brasileiros (84%, segundo o livro) era analfabeta.
As populares revistas semanais se usavam de desenhos produzidos com a técnica para chamar a atenção do público e embelezar suas páginas. Só mais tarde, na década de 1920, com revistas como A Maçã e Para Todos..., as imagens deixaram de ser apenas ilustrações para atuarem como coadjuvantes do texto na comunicação.
Como o mercado era muito movimentado e as poucas escolas técnicas (e artísticas) não davam conta de suprir o mercado com profissionais, em 1820, litógrafos de várias nacionalidades vieram para o Brasil, trazendo para nossos produtos tendências contemporânes como a presença da natureza e o bucolismo da art noveau.
Em 1870, o mercado progrediu com a chegada de impressoras litográficas a vapor. A divisão de trabalhos da era industrial atingiu as gráficas, e logo a figura do artista gráfico (ou litógrafo) se delineou: um profissional que se ocupa apenas da criação, e não mais de todo o processo de produção.
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A tecnologia realmente molda o design, mas não impede que os profissionais procurem outros meios de criação. Em breve você verá aqui fontes desenvolvidas com processos elementares, como o uso de carimbos, mas que conferem a qualquer trabalho um caráter diferenciado. Clique aqui e receba as atualizações do Fonte Artesanal por email ou em seu leitor de RSS.
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rtrt
ResponderExcluirff
ResponderExcluirlitografia é MARA.
ResponderExcluirEi, obrigado pela visita lá no blog, visse?!
Eu também faço publicidade na federal. :p
=]